R.Roldan-Roldan
Se o Cavaleiro Errante… (Primeira parte)
O Cavaleiro Errante, que não sabe de onde vem nem de onde vai, avança…
I
Entre Exílios
2 – Como bala jamais retirada da carne
Carrego o exílio
Sem poder extirpá-lo
Entre vida e existência
Empurro a dicotomia
De estar sem ser
De ser sem estar
O Cavaleiro Errante encontra-se com…
II
Rimbaud no Inverno
7 – Talvez teu fantasma me assombre Rimbaud
E me cobre falta de violência no meu misticismo [selvagem
Como selvagens foram teus dias
De glória existencial e poética
Seria eu racionalista demais para cobrir
A extensão de tua explosão
Implodo agora em silêncio
O Cavaleiro Errante volta a…
III
Maio de 68: 50 anos
3 – O ímpeto arrebenta supostas verdades
As ideias turbinam as artérias
O gozo principia o pensamento
As malvas dançam a bourrée
Ter vinte anos desnorteia deuses cartesianos
E desvela impossíveis horizontes
Despertados pelo sonho soixante-huitard
O Cavaleiro Errante se dirige a…
IV
Liubov
1 – Como rio me infiltro em tuas cavernas
Como rio deslizo pelos teus túneis
Entre estalactites e estalagmites
Retorcidas de gozo pétreo
Umedeço teus segredos
Absorvo tua alma salina
Nas profundezas do silêncio
O Cavaleiro Errante volta à infância…
V
Infância
1 – Sabor de exílio tem tua infância
Luz de mesquitas
Gosto de tâmaras
Quando o sultão Shariar adormece
Sheherazade conta histórias ao menino pobre
Que sonha com doces finos
Sabor de infância tem o exílio em Tanjah
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